Coluna do Prof. Me. Benê França
Educar e ensinar são atividades muito diferentes, como atestam os grandes educadores e educadoras do nosso Brasil, que dão o melhor de suas vidas a fim de transformarem meros indivíduos em potenciais cidadãos de bem, sem obterem, amiúde, o reconhecimento por este magnífico préstimo.
A televisão, o telefone, o rádio, os jornais, a Internet, entre outros, são instrumentos de comunicação e, portanto, formadores de opinião, e, assim como um livro, têm a possibilidade de ensinar. Ademais, de acordo com o dicionário, ensinar é ministrar e/ou transmitir conhecimento, informação; é instruir e/ou treinar. Ensinam-se o alfabeto, os números, os idiomas, a tomar banho, escovar os dentes, vestir-se adequadamente, a tirar leite, a fazer comida, a fazer massa de reboco, etc; não obstante, o ato de educar vai além disto: está intrinsecamente associado aos valores, normas, atitudes, ações e procedimentos universalmente válidos, éticos e morais; baseia-se, com efeito, em comportamentos, valores e princípios que visam o aperfeiçoamento da vida e da dignidade do ser humano. Parte-se, de um princípio particular e subjetivo, daquilo que se julga, em sã consciência, em plena liberdade e autonomias racional e emocional como "bom para mim" e transfere-se, a partir do bem coletivo, na prática docente, como bom e adequado "para os outros".
Sendo assim, educar é: defender o direito à vida, justiça, igualdade social, paz entre as nações; crer na capacidade de todas as pessoas de aprender e de ensinar e de proporcionar meios para que elas sejam melhores do que nós; rejeitar todo tipo de acepção e de preconceitos; promover a pessoa humana por sua essência e excelência; valorizar a caridade, a misericórdia, a compaixão e o senso de empatia; propagar o valor da amizade, da honestidade, da hombridade, da felicidade para todos; desenvolver a crença num mundo melhor, mais justo, igualitário e ético, sem utopismo, paternalismo e conformismo; asseverar coisas, embora a princípio rejeitáveis, mas necessárias para a proteção e a integridade da vida e do interesse coletivo; apregoar o benefício da sociabilidade, da diversidade e da diferença.
Parabéns docentes por acreditarem neste sublime ato de educar.
BENEDITO LUCIANO ANTUNES DE FRANÇA (PROF. BENÊ FRANÇA) –
É Mestre em Filosofia. É professor de História da Escola Técnica Estadual Conselheiro Antonio Prado (ETECAP / Centro Paula Souza/UNESP), Campinas/SP, e de Filosofia das Escolas Estaduais Vereador Euclides Miranda e Dom Jayme de Barros Câmara, ambas de Sumaré/SP, pela Diretoria Regional de Ensino de Sumaré.
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4794252A5
Fonte: http://www.sumare.com.br/noticias/noticia.jsp?id=9325
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